sábado, 7 de setembro de 2013

Educação nacional: os professores deprimidos

Para fechar a Semana da Pátria no Brasil, o artigo abaixo publicado na França  mostra como anda a educação no mundo.
À quelques jours de la rentrée des classes, le Snes, premier syndicat du second degré, a sondé les enseignants.
Os professores do secundário não vão bem, isso não é um furo de reportagem. Mas o grau de desconforto, mensurado  por uma sondagem CSA comandada pelo SNES, o seu maior sindicato, é de tirar o fôlego. À questão “Você tem o sentimento que nesses últimos anos o exercício de sua profissão melhorou?” 4% dos professores respondem “sim, bastante”. Quanto aqueles que acham que esta situação “é muito melhor”, eles são puramente e simplesmente encontrados: 0%, então! A gente tem bom conhecimento que a escola vai mal e que o desconforto se concentra e se exprime nas faculdades e escolas secundárias, isso tudo é mesmo um verdadeiro tapa! Quase a metade dos professores estima que seus cujos trabalhos estejam “bastante degradados”, e um quarto “muito degradado”. Sobre o assunto, todo mundo tem uma opinião: apenas 1% dos professores interrogados não se pronunciam. Isso não é uma sondagem, é um grito!
Além desse relatório esmagador, o resultado da pesquisa revela um outro mal-estar. Este senso severo trazido pelos professores com sua tutela e sua incapacidade à responder às suas expectativas. Para solucionar os males do sistema, os professores do ensino secundário plesbicitam, de fato, uma reforma prioritária de educação, à 90%. É aí mais uma afronta infligida aos ministros que se sucederam à Rue de Grenelle e que tem, à margem, refeito os dispositivos dos ZEP, empilhando siglas e medidas sem grande impacto, sem rever em profundidade a maneira de sanar à grande dificuldade concentrada nessas zonas. 
Cansados das reformas mal arrumadas
Na segunda posição das reformas desejadas pelos professores – e dessa vez, são as orelhas de Luc Chatel que vão arder -, a gente encontra o fato de “retornar sobre a reforma da escola secundária”. 81% dos professores a reclamam. Quando eles estão em 68% à pedir que alguém os desembarace do livrinho pessoal de competências do colégio. Uma inovação considerada a fazer companhia a revolução da base comum (que fazia do primária e do colegiado um contínuo), mas que revelou-se uma verdadeira fábrica de gás. Claramente, os professores não apreciam muito as tentativas de reforma de seus ministros! Cansado de reformas mal arrumadas? Ou nunca contentes, os professores? Um pouco dos dois sem dúvida. Assim, apesar dos múltiplos incidentes que colorem doravante as missas cantadas do vestibular, eles continuam a pensar que não é necessário, sobretudo, mudar nada: 76% desejam conservar o mais possível dos exames finais nacionais anônimos. No entanto, um índice deixa pensar que suas insatisfações não são somente um reflexo profissional: majoritariamente, os professores pedem que isso leve tempo antes de colocar em obra as reformas ambiciosas. Apesar da urgência da situação e a amplitude do seu mal-estar, os professores amariam que a escola fosse tratada seriamente pelas responsabilidades políticas, e não entre duas campanhas eleitorais por um ministro instalado sobre um assento ejetável.
Tradução exclusiva para o Controvérsia: Tereza Sandra Loiola Vasconcelos (francês)
http://www.controversia.com.br

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