quarta-feira, 10 de julho de 2013

HIDRÔMETRO É A SOLUÇÃO PARCIAL PARA A ÁGUA EM PARAIBANO DIZ GERENTE REGIONAL DA CAEMA EM AUDIÊNCIA

LEIA TAMBÉM AS CRÍTICAS E SUGESTÕES DOS MORADORES DE PARAIBANO

Continuação da matéria sobre a Audiência na Câmara com gerente da CAEMA:
No discurso do Gerente Regional da CAEMA Sr. Nilsom Coelho ele disse o seguinte:
Nilsom Coelho: O que aconteceu com o problema na CAEMA em Paraibano é que o poço P10 de maior vazão e que abastece todo o centro da cidade ficou cerca de dois meses com deficiência de abastecimento de água... A cerca disso a CAEMA na ocasião tomou providências  de suspender o faturamento dos meses de maio, junho e agora julho... Só vamos faturar quando normalizar totalmente... Algumas pessoas devem estar recebendo contas de água mais isso é de dias anteriores ao acontecimento (quando houve a depredação da CAEMA em Paraibano no mês passado)...
Então o que aconteceu é que tentamos tirar o equipamento do poço, mas não tivemos apoio imediato de São Luis, tivemos que nos virar com serviços próprios de São João dos Patos, no dia 22 de junho conseguimos tirar o equipamento, no mesmo dia conseguimos outro equipamento em São Luis para reativar o poço, mas nesse mesmo dia houve a depredação da nossa unidade em Paraibano o que motivou a ficar dois ou três dias parados...
Hoje temos dos sete poços que estão abastecendo ainda que precariamente a cidade com equipamentos defasados, ainda tem um o P10 que está com uma bomba reserva, não está com a capacidade máxima que é retirar 80 mil litros, para isso ainda vamos a São Luis buscar o equipamento, instalar novamente e na ocasião vamos avisar a população sobre a troca...
Outra coisa importante que embora possa ter sido o caso é que já estava previsto pela CAEMA, por uma ação judicial que houve aqui em Paraibano em 2006 que previa  a hidrometração de 50% (cinquenta por cento) da cidade- (Hidrometração significa a verificação do volume do consumo de água através de hidrômetros, instalados nos terrenos das casas).
O hidrômetro sabemos que não é uma solução eficaz e sim parcial, mas se você abastecer a cidade toda tendo metade hidrometrada, o desperdício nas regiões mais baixas vai acabar, como solução as regiões mais altas vai receber água...
Para esse mês de julho nós tínhamos 2 mil hidrômetros para instalar em Paraibano,
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mas devido ao fato ocorrido com a unidade da CAEMA na cidade, ficamos receosos de instalar pois poderia ferir as relações, haver agressões aos nossos funcionários, então estamos esperando uma solução, para ver se a população aceita, vamos fazer uma espécie de censo, para saber se aceitam ou não a instalação desses hidrômetros...
Em Paraibano existe muito desperdício de água, são lava jatos, cisternas, etc... Então a hidrometração é uma solução parcial que a CAEMA tem para a questão da água em Paraibano.
A prefeita conseguiu poços, tudo bem! Mas poço só resolve a situação de água por dois ou três anos... As pessoas pensam que por ter água todos os dias pode gastar irracionalmente... Agindo assim nenhum poço suporta mais de três anos... As pessoas devem usar água na quantidade que necessita de maneira racional...
Após o discurso do gerente regional da CAEMA de São João dos Patos, foi iniciado o debate. Mediado pela chefa de cerimonial Ana Teresa Fernandes, ficou definido que haveria um bloco de três perguntas para serem esclarecidas pelo gerente NIlsom Coêlho.
O primeiro a perguntar foi um senhor morador da Vila Aparecida.
1º - Por que quando falta água até mesmo durante seis meses os senhores da CAEMA tem a ousadia de mandar a conta para o morador?
A estudante Thayná Santana perguntou:
2º- A água da CAEMA tem muito cloro e isso está causando problemas de saúde nas pessoas, existe um plano para a CAEMA reduzir o cloro e melhorar a qualidade da água?
Morador da Vila Castor perguntou:
3º-Por que não vai água na Vila Castor e na Vila Aparecida que fica ao lado às vezes vai água até quatro vezes no dia?
Respostas:
Nilsom Coelho: A CAEMA tem uma regra que diz que quando o cidadão reclama que não recebe água na sua casa, nós sustamos o pagamento, tanto é que em Paraibano nós temos rotas (quarteirões) que constatamos que não vai água e não cobramos a conta. Outra coisa muitos de vocês dizem que só chega água à noite, nós orientamos nesse caso que a pessoa deve reclamar para ter só taxa mínima.
Em relação ao cloro, a dosagem de hipocal é feita pela quantidade de litros de água que fornecemos, atualmente não estamos dosando por que infelizmente quebrara o equipamento, então fazemos de forma aleatória...
A respeito da Vila Castor, por ser uma vila nova o abastecimento realmente está parado em alguns setores, mas estamos reparando isso e estivemos lá e em algumas casas moradores disseram que recebem água... (nesse momento uma senhora da plateia disse indignada que na Vila Castor não tinha água) O gerente da CAEMA voltou a dizer que em algumas casas tinha água.
Bloco 2:
1º- Moradora do bairro da Subestação reclamou que há seis anos, nunca mais viu água na torneira da sua pia e muito menos no chuveiro e perguntou se algum dia iria lavar as louças com água saindo das torneiras.
2º- O comerciante Antonio Marcos, também da Subestação perguntou quem é a pessoa responsável por trancar o registro de água do bairro. Segundo Antonio, o contador e registro no local são amarrados com embira e fica derramando água dia e noite apenas no local e o bairro sem água, para o comerciante a CAEMA está de marcação como os moradores da Subestação.
3ª- A professora  Maria Antonieta “Morena” reclamou que no seu bairro Vila aparecida foi perfurado um poço, mas a água não é regular e quando vai tem uma cor amarelada e odor e que é necessário colocar em recipiente para só usar no dia seguinte e pediu uma solução para o problema.
 Respostas:
Nilsom Coelho: Quanto à pessoas que estão sem água há um bom tempo, reconhecemos que temos problemas com serviços de água em Paraibano, o pessoal da Subestação é um dos mais prejudicados, nesse caso a hidrometração é um solução parcial... Quanto à questão da manobra no registro, infelizmente existe esse tipo de coisa, existe pessoa que por desinformação comete isso que é crime... Como o problema de água é a escassez sugiro que haja um rodízio, fornecendo água vinte quatro horas para um bairro  e no dia seguinte seja feito em outro bairro. Muitas pessoas estão usando de má fé e mexendo em registros,e que isso é perigoso e pode causar acidentes, como explosão de tubulações e bombas...
Reconheceu que o poço da Vila Aparecida tem água suja com  teor amarelado e que recentemente foram feitos reparos e pediu um pouco mais de paciências que vai ser normalizada.
O blogueiro Amaury Pereira do NotíciasdeParaibanoma,  quis saber por quê somente agora a CAEMA resolveu colocar hidrometração na cidade e por que a CAEMA fala em licitação para perfuração de poço quando em caráter emergencial a licitação pode  ser dispensada.
O gerente da CAEMA disse que no caso da hidrometração não é recente pois já havia um processo desde  2006 e que o acontecido houve a coincidência dos fatos,em relação a demora da licitação o gerente explicou que não seria para poço e sim para construção do escritório da CAEMA.
O secretário municipal de administração de Paraibano Milton Sousa fez um meã culpa e disse que a Prefeitura falta um maior controle sobre as cisternas que são feitas em calçadas haja visto calçada é patrimônio público, Milton disse ainda que a CAEMA deve ter uma fiscalização maior quanto as cisternas, pois muitas delas comportam até 15 mil litros de água em detrimento a pessoas que não tem esse tipo de depósito de água então como controlar e fiscalizar isso, sugeriu que a empresa faça um levantamento dessas cisternas afim de que muitos não paguem por um produto que não recebem como deveria, Milton Sousa ainda informou que o número de poços em Paraibano (7) é o mesmo desde 1988 e que alguns desses foram doados pela prefeitura  à CAEMA e para concluir o secretário de administração quis saber qual é a medida emergencial que a CAEMA tem para substituir uma bomba ou equipamento na falta ou queima de equipamentos e assim suprir o problema.  O gerente da CAEMA respondeu que a empresa não tem planejamento para averiguar as cisternas por que as mesmas são de propriedade privada e se estiver na calçada já é competência da Prefeitura, reconheceu que o número de poços são realmente os mesmos de vinte e cinco anos atrás e que não tem data provável para novos poços. Quanto os equipamentos, bombas, disse que a CAEMA tem reservas em São João dos Patos, mas que devido a muitos problemas em diversos municípios nem sempre tem o suficiente criticou o fornecimento de energia elétrica que operam os poços e informou que a voltagem é diferente da energia que os moradores recém em suas casas e que por isso existe muitas queimas de equipamentos principalmente nos meses de estiagem que vai de agosto a dezembro.
O jornalista Léo Lasan quis saber qual a real situação financeira e estrutural da CAEMA no Estado e disse que em relação à hidrometração há relatos em que o vácuo entra nas torneiras abertas sem água, girando o  velocímetro e aumentando  o consumo de contador e  concluiu: com a falta de água como o morador vai adivinhar a que horas vai chegar o produto para ligar a torneira? Hidrômetro não resolve o que resolve o problema é água.
Nilsom Coêlho revelou que o Governo do Estado não tem investido em saneamento básico e disse que boa parte do Governo Federal em nível de Brasil tá investindo em saneamento básico através do PAC, mas que pelo anúncio não sabe quando vai chegar ao interior:”Agora em relação ao Governo do Estado alguns programas que eu vi até agora, foi somente esse programa Viva a água, Conta Paga... Mas investimento no saneamento básico não teve nenhum, a CAEMA vive hoje da sua arrecadação 100% e a conta de energia que representa 50% do que arrecada hoje através do Estado... Então o que a CAEMA arrecada hoje é muito pouco, se o Estado não injetar dinheiro na CAEMA, um dia ela vai ter quer fechar as portas... a questão financeira na minha gerência eu tenho 16 mil reais por mês para tomar conta de 19 interiores, só uma chave contactora de poço, como a que quebraram aqui em Paraibano, custou 6 mil reais... 16 mil reais para 19 interiores e  muito pouco... Essa é a nossa realidade financeira... Eu tenho a ajuda da prefeitura que compra uma bomba, etc. para não deixar o sistema parar... A questão é que o Estado não está investindo, não está entrando dinheiro na CAEMA, nossa arrecadação é pouca, estamos tirando vários sistemas de faturamento or causa da falta de água e quando essa arrecadação chega temos que aplicar em incidentes como aconteceu aqui... Então assim: ‘O GOVERNO NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA A GENTE’, nós estamos parados, de mãos atadas, e quando tiver um planejamento, vamos lá, vamos ajuntar dinheiro para a CAEMA, vamos contratar mais gente, perfurar mais poços, mas enquanto não tiver isso gente, nós vamos continuar nisso... Temos poucos recursos para suprir grandes necessidades..” afirmou o gerente regional da CAEMA de S.J. dos Patos
Em relação à hidrometração realmente o que você falou acontece, quando não tem sistema de ventosas, que são dispositivos que expulsam a água, jogando-a dos poços para o reservatório e depois para a rede...

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