MAIOR SECA EM 30 ANOS ATINGE A REGIÃO.

O calor e a baixa umidade relativa do ar fazem aumentar o números de queimadas no estado. Em Paraibano São João dos Patos e Mirador, as queimadas tem provocado problemas de saúde, principalmente em crianças, com problemas respiratórios. Em Paraibano,cidade que é cercada por serras (Cana Brava, Jenipapo, Torre e Chapadinha) o fogo tem dizimado a vegetação, principalmente do lado da Cana Brava e Jeipapo. O fogo tem maior intensidade no final da tarde e adentra a noite. A situação tem provocado problemas de saúde pública, haja visto o odor de fumaça e a fuligem, encobrem a cidade, ficando uma nuvem densa o que dificulta a respiração de crianças e idosos com problemas respiratórios.A noite com esse clima, fica impossível dormir, devido o ar polúído e o calor absurdo. O Hospital Municipal tem recebido pacientes com dificuldade de respiração e sinusite, além de pressão alta. Em São João dos Patos a situação não é diferente. Em Mirador,uma equipe de brigadistas e voluntários lutam intensamente para contornar a situação principalmente no Parque Estadual do Mirador, uma das reservas ecológicas do Maranhão. As BRs que cortam esses municípios estão ladeadas por fumaças e cinzas. A sequidão provoca, problemas na gargante. O Maranhão lidera o ranking nacional de focos de queimadas, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Inpe. Em relação ao ranking das cidades, dois municípios do Estado aparecem com números alarmantes: Grajaú, na região central, é a segunda com mais focos de incêndio, com trezentas e noventa e seis ocorrências este ano. Em seguida, aparece a cidade de Mirador, na região leste, com duzentas e oitenta e seis queimadas. O coordenador do programa PREVFOGO, do IBAMA no Maranhão, Fabrício Ribeiro informa que a situação não é nova no Estado, mas que esse ano se agravou. "Esse ano o Maranhão disparou no ranking. Em relação ao ano passado, houve um aumento de mais de 300 por cento, sem ao menos chegarmos ao período mais crítico.

Serra queimada em Paraibano . Foto:Ery Brito.

O material vegetal está bem seco aqui no Estado, por causa das poucas chuvas”, disse. Ele falou, ainda, sobre a punição em casos de incêndio criminoso. "A questão das queimadas aqui é social. A principal causa é a agricultura familiar, o mais barato é fazer o corte e a queima. Pontualmente, também tem que ter uma fiscalização. Se for incêndio criminoso em que pessoas que desconhecem por ignorância a noção das consequências que seus atos provocam, usam para facilitar a caça predatória de animais silvestre, retirada de madeiras, coleta de frutas, a detenção vai de dois a quatro anos, além do pagamento de multa", disse. Em Mirador, um município com mais de 8000 km2, áreas de cerrado, extensa vegetação e uma reserva ambiental de 438.000 hectare está sendo destruída pelas queimadas. Na cidade que abriga o único rio genuinamente maranhense o Rio Itapecuru, a queimada atinge a área urbana da cidade, as margens do rio, que foi controlado por voluntários, já que no momento do fogo a equipe de brigadistas do PREVFOGO se encontrava combatendo outras queimadas na localidade Vargem Comprida e Salobro. As informações que chegam é que na região da travessia (Parque Estadual), Conceição, Cocos, Brejão, Ibipira, Bananas, Liso, Sitio Seco, Buritizinho, Santana, entre outras estão lutando para controlar as queimadas. Em Paraibano há mais de 90 dias que não chove, muios agricultores já perderam suas lavrouras e o sertanejo teima em derrubar mata para novos plantios, acreditando que a chuva vem. Isso tem agravado a situação, e como vento típico dessa época, qualquer foco de fogo se transforma em incêndios sem controle. Quem viaja pela BR 135 percebe a sequidão e a vegetação esturricada.Os animais estão sem pastos e vão definhando.O Brasil está passando pela maior seca em 30 anos e vários estados brasileiros ja decretaram estado de calamidade.
REPORTAGEM: Léo Lasan informações do Jornal do Mirador.