sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

SERÁ QUE VALE?

Julia Maria Lima /colaboradora
"Uma das maiores transnacionais brasileiras, a mineradora Vale, presente em 38 países nas Américas, África e Ásia, pode receber, no final de janeiro, um dos principais prêmios internacionais da vergonha corporativa. Escolhida entre dezenas de candidatas, a Vale está entre as seis finalistas do Public Eye Award 2012, que concede anualmente o título de pior empresa do mundo a uma corporação, eleita em concurso internacional por voto popular, durante o Fórum Econômico Mundial na cidade suíça de Davos. Do quinto lugar na primeira semana de votação do premio, lançado em 5 de janeiro, a Vale assumiu a liderança pela primeira vez na tarde desta sexta-feira (20). ISSO É BONITO!"
Vale é eleita a pior empresa do mundo
A empresa foi eleita com 25.042 votos, e o resultado foi divulgado nesta sexta, 27, durante o Fórum Econômico Mundial de Davos
A Vale levou o título de pior empresa do mundo pelo "Public Eye People's", premiação organizada pela Greenpeace e Declaração de Berna que vem sendo realizada desde 2000.
A empresa foi eleita com 25.042 votos, e o resultado foi divulgado nesta sexta, 27, durante o Fórum Econômico Mundial de Davos. Em segundo lugar veio a Tepco, empresa de energia que controla as usinas nucleares de Fukushima no Japão. A mineradora foi escolhida por ter comprado 9% de participação no Consórcio Norte Energia S.A, responsável pela construção da usina Belo Monte, e por possuir uma "história de 70 anos manchada por repetidas violações dos direitos humanos, condições desumanas de trabalho, pilhagem do patrimônio público e pela exploração cruel da natureza". A empresa disse que irá investir US$ 1,65 bilhão em ações socioambientais em 2012.  Fonte:Revista Exame
Não devemos esquecer que a VALE explora riquezas naturais no Maranhão Veja matéria publicada no site : http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id
A Vale no Maranhão: "O lucro é privado, mas o prejuízo é público”
Por IHU On-Line
“A Vale continua adotando uma política de dois pesos e duas medidas e uma estratégia de marketing voltada à visibilidade e à imagem (falsa e incompleta) de empresa respeitosa da vida e do meio ambiente”, declaram os entrevistados. Depois de ser devastada pela exploração ilegal de madeira, a cidade de Açailândia, localizada no interior maranhense, virou refúgio das siderurgias de ferro-gusa e se transformou no “símbolo do desenvolvimento que está ‘puxando’ o Brasil a todo vapor: muita riqueza produzida, mas custos sociais e ambientais elevados”, denunciam o advogado Danilo D’Addio Chammas e o padre Dário Bossi, missionário comboniano. Críticos à atuação da Vale e das siderúrgicas instaladas ao longo do corredor de Carajás, os entrevistados dizem que as empresas estão gerando impactos socioambientais e interferindo na qualidade do ar, da água e do solo. “Decorrem disso graves doenças pulmonares, alergias de pele, problemas aos olhos”, relatam. Em entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail, eles contam que a instalação da Vale em Açailândia está contribuindo para enriquecer alguns setores, como “a elite político-econômica, os empreendedores locais e também investidores que instalaram empresas ou comércio”. O desenvolvimento local está acontecendo “à custa de muitos bolsões de pobreza, de um ciclo descontrolado de imigração-emigração, ligado aos altos e baixos da oferta de trabalho e às crises nacionais e internacionais”, reiteram. De acordo com eles, as condições de vida da população local estão piorando em função da construção de uma “segunda Ferrovia de Carajás”. “Os canteiros de obras estão trazendo conflitos, violência, prostituição de crianças e adolescentes, acidentes pelo número muito elevado de carros e máquinas nas proximidades das habitações. Há também ameaça de despejo de algumas famílias que ficariam próximas demais aos trilhos duplicados”, informam.

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