quinta-feira, 31 de março de 2011

O VERDE E AS CINZAS.










Fonte:  http://www.uai.com.br/     Publicação: 31/03/2011 15:23 
na matéria fotos do cémitério e crematório Parque Renascer
O corpo do ex-vice-presidente José Alencar é cremado no Cemitério e Crematório Parque Renascer, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Após a cerimônia de recepção, o corpo foi colocado sobre uma mesa. Soldados do Exército cumpriram o ritual com a bandeira do Brasil, que foi entregue ao governador do estado, Antonio Anastasia (PSDB). Anastasia repassou a bandeira para a viúva, Mariza Gomes da Silva, e foi recebida pelo filho de Alencar, Josué.
Nesta quinta-feira, as cinzas não serão entregues à família, que já deixou o local, e vão ser encaminhadas para a missa de sétimo dia, na Igreja de Nossa Senhora da Glória, em Itamogi, a 20km de Muriaé, Zona da Mata do estado.A recepção teve as honras de chefe de Estado, como homenagem ao ex-vice-presidente. O caixão foi levado para a cremação por dois soldados do Exército, dois homens da Força Aérea, dois policiais militares e por dois homens do Corpo de Bombeiros. Houve três salvas de tiros de festim e 21 tiros foram disparados por quatro canhões do tipo obuzeiro 105mm, trazidos de Juiz de Fora, na Zona da Mata. Por fim, houve o toque de silêncio.Estiveram presentes cerca de 50 pessoas, nas quais familiares, amigos e autoridades, entre elas o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB) e a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT). Laceda e Anastasia permaneceram no crematório durante cerca de dez minutos e também já deixaram o local.
Texto abaixo: Leo Lasan            Por mais que eu tente me livrar dos pensamentos das alterosas, Carlos Drumond, me persegue. E parece que andei tanto pelas montanhas da terra do pão de queijo, que me bate as lembranças. Uma que me chamou a memória, foi esse cemitério Parque Renascer. Morei praticamente ao lado, ali na Av. Albert Shwaitzzer, bairro Califórnia -Contagem, e foi com muita tristeza que ví, dia-a-dia, o cemitério ser construído, tristeza, porquê para construir o cemitério, desmataram uma reserva florestal e todos os bichos e principalmente,"saguis" aquele macaquinho que é da espécie de mico leão dourado, fugia aos bandos, junto com a passarada e animais, como cutias, tamanduás, etc. o refúgio desses bichos ao ver a mata derrubada e queimada, era as casas próximas a reserva e uma "ong"  de uns canadenses, e claro a pousada e casa da Dona Eunice, onde eu morava. Na época fiz uma matéria e uma charge para o caderno "Estado Ecológico" do jornal Estado de Minas, denunciando a devastação. Mas o capitalismo é selvagem e não deu outra. Venceram. Fizeram o crematório, primeiro da fauna e flora e hoje de corpos de seres humanos, para jogar as cinzas nos rios,mares, etc.(êta.ecologia).... (Com todo respeito à família do ex-vice-presidente José Alencar) Agora vejo (nas fotos) o luxo desse empreendimento. Mas eu preferia, a reserva ecológica e a musicalidade dos dos bichos e claro uma nascente que não sei se ainda existe. Mas isso é coisa de "românticos", como diz a bela canção do mineiro Vander Lee. O mundo mudou e o verde das nossas matas há muito tempo, está sendo substituindo pelas cinzas, agora não só de florestas, mas sim, de seres humanos.

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