
A manifestação de sábado (22) em Paraibano, que teve momentos de vandalismo como destruição do prédio da CAEMA onde manifestantes atearam fogo e derrubaram muros e danificaram maquinários teve muitas polêmicas, dúvidas e faltas de esclarecimentos reais por parte de autoridades e manifestantes. Para tentar esclarecer um pouco disso o Paraibanomanews entrevistou a Polícia Militar por meio do Tenente Maia da 6ª Companhia Independente da Polícia Militar de São João dos Patos, que recebeu a reportagem deste blog na sede da PM em Paraibano (haja visto o cabo J. Filho responsável pela PM em Paraibano estava em São João dos Patos no momento da entrevista) e concedeu uma entrevista esclarecendo o trabalho realizado pela PM durante as manifestações de moradores de Paraibano contra a CAEMA, na noite de sábado (22), quando manifestantes fizeram atos de vandalismo, derrubando os muros e ateando fogo na sede da empresa, além de destruírem maquinas e instalações para tratamento da água entre outros danos.
Veja abaixo a Entrevista:
Leo: Tenente como foi o trabalho da Polícia durante a
manifestação dos moradores de Paraibano contra a CAEMA no último sábado?
Tenente Maia: Olha como a gente ver a sociedade brasileira
enfrentado processos à parti de questionamentos feitos pela maioria da
população e trouxe do Brasil evidentemente inserido nesse contexto, trouxe nós
aqui em Paraibano, município esse de competência de São João dos Patos. Em relação
às nossas ações ficamos sabendo inicialmente que tinham de quatro a seis
pessoas no movimento e a cada cinco minutos nos eram passadas novas informações
e foi o momento em que entraram em contato com a gente e pediram apoio da gente
em São João dos Patos para dar um reforço aqui, por que já tinha sido expandido
para atos de vandalismo. Chegando aqui observamos que o vandalismo se
configurava, pois havia derrubado o muro e ateado fogo no prédio da CAEMA...
Fizemos as primeiras ações que foi
implantar as viaturas nos quarteirões de maior contingente populacional, onde
se reuniam pessoas discutindo propósitos de atear fogo também na Prefeitura
Municipal... A polícia Militar se posicionou no sentido de preservar a ordem e
o patrimônio público e graças a Deus fomos felizes, por que a população
entendeu, logicamente que fizemos algumas prisões e indivíduos carregando
marretas para depredar o patrimônio público e conseguimos ser felizes ao fato
de não vir ninguém ser lesado nem corporal nem moralmente, assim a polícia pôde
estar junta,acompanhando o movimento e apoiando a sociedade... Continuamos na
cidade, pois escutamos que possivelmente grupos estariam se reunindo, haja
vista, ontem houve uma tentativa frustrada contra a prefeitura e estamos de
sobreaviso, de prontidão mais uma vez para apoiar e dar segurança para a
sociedade.
Leo: Tenente o efetivo policial de Paraibano é considerado
insuficiente para conter uma manifestação como a de ontem, de onde veio o
reforço ? Tenente Maia: O nosso comando fica em São João dos Patos então
chamamos policiais dos municípios de Passagem Franca, Lagoa do Mato, Sucupira
do Riachão,Pastos Bons e o apoio da Polícia Civil de Paraibano. Ao todo tivemos
ontem o apoio de dezenove policiais, sendo dezesseis praças e três oficiais à
frente...
Leo: Populares disseram que a polícia estava equipada para
confrontos? Tenente Maia: Como se sabe a Polícia trabalha com prevenção,
não querendo dizer que esteja impossibilitada de haver processo repressivo...
Quem tem acompanhado os noticiários tem visto gravíssimos atos de vandalismo,
como depredação de patrimônio público, ameaças, roubos, furtos, por que
indivíduos aproveitam a oportunidade para cometer esses delitos, então a
polícia tem que vir precavida, mas não com arma letal, as armas não letais como
teise, gás lacrimogêne para dispersar a
multidão munição de borracha caso haja a necessidade de atos dessa natureza de
extremo vandalismo...
Léo: Na estimativa da Polícia Militar qual era o número de
manifestantes?
Ten. Maia: Quando ficamos sabendo por volta das 17 horas
inicialmente eram 400 manifestantes, mas no início do processo de
questionamentos a gente percebeu que tinha mais gente, por volta de 600 a 700
manifestantes, inclusive a Polícia fez até questão de não ficar muito próximo
para que a população não pensasse que a gente estava reprimindo seus direitos
pela busca de melhorias para todos...
Leo: Na percepção da polícia qual a faixa etária da maioria
dos manifestantes?
Maia: Embora tivesse muitos menores de idade, percebemos
muita gente na faixa etária de 26 a 28 anos, não percebemos pessoas de 60 a 70
anos.
Leo: A Polícia identificou algum líder do movimento?
Maia: A Polícia procurou identificar os cabeças, os líderes,
justamente para tentar um diálogo, para ir conversar com o objetivo de dizer
que a polícia estava ali para dar apoio necessário, desde que o movimento fosse
de caráter pacífico... Mas não tivemos a oportunidade de identificar um líder, por
que as ordens eram irmanadas de um para outro que ia passando por todos...
Leo: Tenente o Senhor falou que houve prisões o que eles alegaram para deflagrar a
manifestação?
Maia: Foi alegada a insatisfação com os serviços da CAEMA, em
virtude do incipiente abastecimento de água em que a sociedade vive, então
diante dos relatos que foram colhidos, transcritos a gente percebeu a insatisfação
com a CAEMA.
Léo: Tenente suas considerações finais;
Maia: A Polícia está de braços abertos para acompanhar toda a
movimentação da sociedade de Paraibano e circunscrição, lembrando sempre que o
nosso papel é o de prevenir e nunca o de reprimir, dessa forma a gente não vai
admitir atos de vandalismo e os que vieram a acontecer serão encaminhados para
a delegacia e outros eventos a exemplo de pessoas aproveitarem dos momentos de
questionamentos como melhoria da sociedade para descumprir normas e regulamentos
como os de trânsito, não usando capacete ou menores dirigindo serão coibidos.
Queremos agradecer em nome do comandante Emerson do 6º CI que
tem feito uma boa gestão em nossa unidade.