O
gerente regional da CAEMA de São João dos Patos, Sr. Nilsom Coêlho,
declarou que: "O Governo não está nem ai para a gente". Nilsom referia-se à falta de investimento do governo estadual na Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão - CAEMA- responsável pelo fornecimento de água no estado. A afirmação foi feita durante audiência pública na Câmara
Municipal de Paraibano, na noite desta segunda feira (8), que teve a presença do juiz Carlos Eduardo Mont'Alverne, da vice prefeita Rejany Sá Gomes Correia (representando a prefeita Aparecida Furtado que está em viagem), dos vereadores, secretário de administração Milton Sousa, do gerente da CAEMA de Paraibano Evilásio Mota, advogado Daniel Veloso, diretores, professores, coordenadores, alunos, pastores e sociedade civil. A
audiência teve como objetivo solucionar o problema da
falta de água que
há décadas vem sendo criticada e culminou na destruição do prédio da
CAEMA em Paraibano, no último dia 22 de junho. Conforme a presidente da
Câmara, vereadora Ana Célia, a audiência partiu de um convite e uma reunião promovida pelo juiz de
direito da comarca Dr. Carlos Eduardo Arruda Mont'Alverne, no dia 27 de junho no Fórum de Paraibano, com a participação da prefeita, vice-prefeita, vereadores, pastores evangélicos, onde ficou acertado a audiência com a presença do gerente regional da CAEMA Sr. Nilsom, para esclarecimentos de dúvidas e planejamento para o fornecimento de água no município. A prefeita de Paraibano Aparecida Furtado (por motivo de viagem administrativa à São Luis não pode participar da audiência) pediu que os moradores dos bairros mais atingidos pela falta de água participassem da audiência e enviou convites para todos. Moradores dos bairros Residencial, Subestação, Vila Leão e Vila Aparecida, Vila Castor, professores, alunos e autoridades estiveram na Câmara Municipal.
A vice-prefeita Rejany Sá Gomes Correia, representou a prefeita e afirmou categoricamente que a administração pública de Aparecida Furtado não está omissa ao que ocorreu e continua ocorrendo com o problema do abastecimento de água. Rejany reafirmou que bem antes do acontecido (destruição do prédio da CAEMA) a administração através de uma emenda parlamentar do senador Cafeteira conseguiu um poço de grande profundidade para Paraibano a pedido do filho Deputado Estadual Rogério Cafeteira (PMN). A vice-prefeita ressaltou ainda que após o acontecido com a CAEMA no município, a prefeita Aparecida Furtado foi chamada com urgência pelo secretário estadual da saúde, Ricardo Murard para uma reunião em São Luís, onde participaram secretários e o diretor estadual da CAEMA Sr. Cristovão L. Teixeira Filho e na ocasião a prefeita foi questionada sobre os acontecimentos em Paraibano. Aparecida Furtado relatou a situação e logo foram tomadas algumas providências, disse Rejany. A vice-prefeita de Paraibano informou ainda que a Prefeitura alugou três carros pipas que estão levando água para os bairros mais
atingidos: "Então são ações que talvez muitos não saibam, mas que a administração em nome da prefeita Aparecida Furtado, faz questão de frisar: Algo tem sido feito sim, em prol da população. Não estamos omissos" afirmou Rejany Gomes.
O juiz de direito Dr. Carlos Eduardo Arruda Mont'Alverne também afirmou que o papel do juiz não se esgota em fazer audiências, não se limita em fazer despachos ou decisões, o papel do juiz está associado também aos problemas da sociedade. Mont'Alverne assegurou que em nenhum momento a justiça de Paraibano ficou omissa, pois tão logo soube da escassez e da falta regular do abastecimento de água na cidade, decidiu convocar as autoridades do município para debater conforme ele, um tema tão palpitante, pois segundo o juiz, não diz respeito apenas ao pobre, ao rico e sim a todos: "Não é pelo fato de eu ser juiz da comarca que vou ficar inerte, principalmente em situação dessas... Por que todos nós somos vítimas da falta de abastecimento de água na cidade... Eu também me considero um paraibano (paraibanense)" afirmou o juiz de Paraibano.
Mont"Alverne disse que a justiça está de portas abertas para os interesses da comunidade e o que mais deseja é que seja feito justiça: "Toda pessoa tem direito ao serviço de água efetivo, coerente, serviço de água compatível com a dignidade da pessoa humana" destacou. O juiz ainda explicou que a população deve participar da audiência fazendo perguntas, questionando sobre o problema da água e da responsabilidade e função de cada um, para que se explique e se resolva o problema: "Este é um momento em que a participação da população é imprescindível, relevante... participem, perguntem... Eu não vim aquí para resolver o problema, mas somos parte da solução" concluiu Carlos Eduardo Arruda Mont'Alverne.
A população presente na audiência não se fez de rogada e muitas perguntas, questionamentos e principalmente críticas à CAEMA foram lançadas para o gerente regional Nilsom Coêlho, que explicou, mas não convenceu. Saindo sempre pela tangente o gerente da CAEMA invertia o foco transformando o cliente, o morador no culpado, como se a vítima fosse a empresa. Todos os questionamentos dos moradores, e os esclarecimentos do gerente da CAEMA, os leitores terão nesta quarta-feira (10) aquí no Blog Paraibanomanews.
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