A grande onda de shows vinda para a região do médio sertão maranhense nos últimos anos não é por acaso. Com a agenda cultural que vai desde carnaval fora de época, vaquejadas e festas religiosas no mês de julho (período de férias em que a galera desce das capitais para o interior) os empresários de bandas sertanejas e principalmente de forró, perceberam o filão e correm atrás dos organizadores desses eventos para divulgar o marketing e faturar alto. E neste cenário, a região se destaca como uma das mais atrativas financeiramente, festivas e com público jovem ávido por entretenimento. É o novo pote de ouro da indústria cultural.
A briga dos municípios para atrair o público começa com a oferta de prêmios vultosos e contratação de bandas de renome nacional com sucesso no momento para atrair o público, a maioria desenjando ver os artistas ao vivo. Carentes de shows grandiosos, só vistos na mídia, o consumidor desse tipo de evento fica refém da indústria de shows que nos últimos anos cresceu e começou há prejudicar cada dia mais o público. Ainda assim, os maranhenses, principalmente da região sofrem com os preços dos ingressos, muito mais altos que em outros lugares como nas capitais. Um exemplo pode ser as bandas famosas que farão shows neste mês nos eventos da região (veja cartazes na foto). O preço do ingresso para shows dessas bandas, fica em torno de R$ 35, a média dos preços dos ingressos para os shows na região é de R$ 25 a 30. Como muitas pessoas se deslocam de cidades vizinhas esses valores aumentam com gastos de transportes, estadias e consumos alimentares, bebidas e lazer. A média para quem vem ou vai brincar uma noite nesses eventos é de R$ 100 a 200 por pessoa. Isso se não exagerar. Se somar as três noites, temos aí o valor de um salário mínimo líquido, isso só para um evento que vai de sexta a domingo. Se tiver alguma pessoa na sua companhia e que seja dependente a exemplo de filhos ou em muitos casos namorada, etc. o valor da despesa aumenta.
Conforme matérias a respeito (pesquisada na internet) de um lado, os produtores alegam que os custos no Brasil são mais altos e que impostos e aluguel de equipamentos são os reais responsáveis por ingressos tão caros. De outro, os organizadores desses eventos respondem que além das bandas que contratam tem toda uma infraestrutura por trás que requer despesas para que seja realizado o evento. Na ponta o consumidor que reclama que essas empresas praticam ações consideradas abusivas, aproveitando-se do momento. Além do preço, o público também tem que ter preparo físico de guarda de banco, aquele que fica em pé o dia inteiro. Nos locais onde são realizados esses shows não existem lugares para mesas e cadeiras, o espaço físico apesar de gigantesco fica espremido, calorento e conseguir se locomover e dançar é muito difícil. Os mais de$$colados ficam acima, em camarotes e viram status. Mas a galera se diverte e fica feliz, vá entender! Mas essas práticas não são aplicadas somente nessa região, virou moda no mundo, todas as grandes produtoras fazem isso e lucram alto para a alegria de todos. Festa é um setor que não existe crise, pois todo mundo precisa se divertir, afinal estamos no País do carnaval... ou seria da vaquejada ?? ... Prepare o bol$o e o Coração e Boas Festas!!
EM TEMPO: O BLOG PEDE DESCULPAS AOS COLINENSES. DIAS ATRÁS O BLOG EM MATÉRIA INFORMOU QUE COLINAS NÃO REALIZARIA VAQUEJADA ESTE ANO. FOI COM BOA SURPRESA QUE CONSTATAMOS QUE A CIDADE FARÁ SIM SUA TRADICIONAL VAQUEJADA, CONCORRENDO NO MESMO FINAL DE SEMANA COM A VAQUEJADA DE SÃO JOÃO DOS PATOS E COM O FESTEJO DE PASTOS BONS. É A GUERRA DO FORRÓ E DO BOI... QUE SÃO BENTO NOS PROTEJA.
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