Continuação da matéria sobre a Audiência na Câmara com gerente da CAEMA:
No discurso do Gerente Regional da CAEMA Sr. Nilsom Coelho ele disse o seguinte:
Nilsom Coelho: O que aconteceu com o problema na CAEMA em Paraibano é
que o poço P10 de maior vazão e que abastece todo o centro da cidade
ficou cerca de dois meses com deficiência de abastecimento de água... A cerca
disso a CAEMA na ocasião tomou providências de suspender o faturamento dos
meses de maio, junho e agora julho... Só vamos faturar quando normalizar
totalmente... Algumas pessoas devem estar recebendo contas de água mais isso é
de dias anteriores ao acontecimento (quando houve a depredação da CAEMA em Paraibano no mês passado)...
Então o que aconteceu é que tentamos tirar o equipamento do poço, mas não
tivemos apoio imediato de São Luis, tivemos que nos virar com serviços próprios
de São João dos Patos, no dia 22 de junho conseguimos tirar o equipamento, no
mesmo dia conseguimos outro equipamento em São Luis para reativar o poço, mas
nesse mesmo dia houve a depredação da nossa unidade em Paraibano o que motivou
a ficar dois ou três dias parados...
Hoje temos dos sete poços que estão abastecendo ainda que precariamente a
cidade com equipamentos defasados, ainda tem um o P10 que está com uma bomba
reserva, não está com a capacidade máxima que é retirar 80 mil litros, para
isso ainda vamos a São Luis buscar o equipamento, instalar novamente e na
ocasião vamos avisar a população sobre a troca...
Outra coisa importante que embora possa ter sido o caso é que já estava
previsto pela CAEMA, por uma ação judicial que houve aqui em Paraibano em 2006
que previa a hidrometração de 50%
(cinquenta por cento) da cidade- (Hidrometração significa a verificação do volume do
consumo de água através de hidrômetros, instalados nos terrenos das casas).
O hidrômetro sabemos que não é uma solução
eficaz e sim parcial, mas se você abastecer a cidade toda tendo metade
hidrometrada, o desperdício nas regiões mais baixas vai acabar, como solução as
regiões mais altas vai receber água...
Para esse mês de julho nós tínhamos 2 mil
hidrômetros para instalar em Paraibano,
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mas devido ao fato ocorrido com a
unidade da CAEMA na cidade, ficamos receosos de instalar pois poderia ferir as
relações, haver agressões aos nossos funcionários, então estamos esperando uma
solução, para ver se a população aceita, vamos fazer uma espécie de censo, para
saber se aceitam ou não a instalação desses hidrômetros...
Em Paraibano existe muito desperdício de
água, são lava jatos, cisternas, etc... Então a hidrometração é uma solução
parcial que a CAEMA tem para a questão da água em Paraibano.
A prefeita conseguiu poços, tudo bem! Mas
poço só resolve a situação de água por dois ou três anos... As pessoas pensam
que por ter água todos os dias pode gastar irracionalmente... Agindo assim
nenhum poço suporta mais de três anos... As pessoas devem usar água na
quantidade que necessita de maneira racional...
Após o discurso do gerente regional da CAEMA
de São João dos Patos, foi iniciado o debate. Mediado pela chefa de cerimonial
Ana Teresa Fernandes, ficou definido que haveria um bloco de três perguntas
para serem esclarecidas pelo gerente NIlsom Coêlho.
O primeiro a perguntar foi um senhor morador
da Vila Aparecida.
1º - Por que quando falta água até mesmo
durante seis meses os senhores da CAEMA tem a ousadia de mandar a conta para o
morador?
A estudante Thayná Santana perguntou:
2º- A água da CAEMA tem muito cloro e isso
está causando problemas de saúde nas pessoas, existe um plano para a CAEMA
reduzir o cloro e melhorar a qualidade da água?
Morador da Vila Castor perguntou:
3º-Por que não vai água na Vila Castor e na
Vila Aparecida que fica ao lado às vezes vai água até quatro vezes no dia?
Respostas:
Nilsom Coelho: A CAEMA tem uma regra que diz que quando o cidadão
reclama que não recebe água na sua casa, nós sustamos o pagamento, tanto é que
em Paraibano nós temos rotas (quarteirões) que constatamos que não vai água e não
cobramos a conta. Outra coisa muitos de vocês dizem que só chega água à noite,
nós orientamos nesse caso que a pessoa deve reclamar para ter só taxa mínima.
Em relação ao cloro, a dosagem de
hipocal é feita pela quantidade de litros de água que fornecemos, atualmente
não estamos dosando por que infelizmente quebrara o equipamento, então fazemos
de forma aleatória...
A respeito da Vila Castor, por
ser uma vila nova o abastecimento realmente está parado em alguns setores, mas
estamos reparando isso e estivemos lá e em algumas casas moradores disseram que
recebem água... (nesse momento uma senhora da plateia disse indignada que na
Vila Castor não tinha água) O gerente da CAEMA voltou a dizer que em algumas
casas tinha água.
Bloco 2:
1º- Moradora do bairro da
Subestação reclamou que há seis anos, nunca mais viu água na torneira da sua
pia e muito menos no chuveiro e perguntou se algum dia iria lavar as louças com
água saindo das torneiras.
2º- O comerciante Antonio Marcos,
também da Subestação perguntou quem é a pessoa responsável por trancar o
registro de água do bairro. Segundo Antonio, o contador e registro no local são
amarrados com embira e fica derramando água dia e noite apenas no local e o
bairro sem água, para o comerciante a CAEMA está de marcação como os moradores
da Subestação.
3ª- A professora Maria Antonieta “Morena” reclamou que no seu
bairro Vila aparecida foi perfurado um poço, mas a água não é regular e quando
vai tem uma cor amarelada e odor e que é necessário colocar em recipiente para
só usar no dia seguinte e pediu uma solução para o problema.
Respostas:
Nilsom Coelho: Quanto à pessoas que estão sem água há um bom tempo,
reconhecemos que temos problemas com serviços de água em Paraibano, o pessoal
da Subestação é um dos mais prejudicados, nesse caso a hidrometração é um
solução parcial... Quanto à questão da manobra no registro, infelizmente existe
esse tipo de coisa, existe pessoa que por desinformação comete isso que é
crime... Como o problema de água é a escassez sugiro que haja um rodízio,
fornecendo água vinte quatro horas para um bairro e no dia seguinte seja feito em outro bairro.
Muitas pessoas estão usando de má fé e mexendo em registros,e que isso é
perigoso e pode causar acidentes, como explosão de tubulações e bombas...
Reconheceu que o poço da Vila
Aparecida tem água suja com teor
amarelado e que recentemente foram feitos reparos e pediu um pouco mais de
paciências que vai ser normalizada.
O blogueiro Amaury Pereira do
NotíciasdeParaibanoma, quis saber por
quê somente agora a CAEMA resolveu colocar hidrometração na cidade e por que a
CAEMA fala em licitação para perfuração de poço quando em caráter emergencial a
licitação pode ser dispensada.
O gerente da CAEMA disse que no
caso da hidrometração não é recente pois já havia um processo desde 2006 e que o acontecido houve a coincidência
dos fatos,em relação a demora da licitação o gerente explicou que não seria
para poço e sim para construção do escritório da CAEMA.
O secretário municipal de
administração de Paraibano Milton Sousa fez um meã culpa e disse que a
Prefeitura falta um maior controle sobre as cisternas que são feitas em
calçadas haja visto calçada é patrimônio público, Milton disse ainda que a
CAEMA deve ter uma fiscalização maior quanto as cisternas, pois muitas delas
comportam até 15 mil litros de água em detrimento a pessoas que não tem esse
tipo de depósito de água então como controlar e fiscalizar isso, sugeriu que a
empresa faça um levantamento dessas cisternas afim de que muitos não paguem por
um produto que não recebem como deveria, Milton Sousa ainda informou que o número
de poços em Paraibano (7) é o mesmo desde 1988 e que alguns desses foram doados
pela prefeitura à CAEMA e para concluir
o secretário de administração quis saber qual é a medida emergencial que a
CAEMA tem para substituir uma bomba ou equipamento na falta ou queima de
equipamentos e assim suprir o problema.
O gerente da CAEMA respondeu que a empresa não tem planejamento para
averiguar as cisternas por que as mesmas são de propriedade privada e se
estiver na calçada já é competência da Prefeitura, reconheceu que o número de poços
são realmente os mesmos de vinte e cinco anos atrás e que não tem data provável
para novos poços. Quanto os equipamentos, bombas, disse que a CAEMA tem
reservas em São João dos Patos, mas que devido a muitos problemas em diversos
municípios nem sempre tem o suficiente criticou o fornecimento de energia
elétrica que operam os poços e informou que a voltagem é diferente da energia
que os moradores recém em suas casas e que por isso existe muitas queimas de
equipamentos principalmente nos meses de estiagem que vai de agosto a dezembro.
O jornalista Léo Lasan quis saber
qual a real situação financeira e estrutural da CAEMA no Estado e disse que em
relação à hidrometração há relatos em que o vácuo entra nas torneiras abertas sem
água, girando o velocímetro e aumentando
o consumo de contador e concluiu: com a falta de água como o morador vai
adivinhar a que horas vai chegar o produto para ligar a torneira? Hidrômetro
não resolve o que resolve o problema é água.
Nilsom Coêlho revelou que o
Governo do Estado não tem investido em saneamento básico e disse que boa parte
do Governo Federal em nível de Brasil tá investindo em saneamento básico
através do PAC, mas que pelo anúncio não sabe quando vai chegar ao interior:”Agora em relação ao Governo do Estado
alguns programas que eu vi até agora, foi somente esse programa Viva a água,
Conta Paga... Mas investimento no saneamento básico não teve nenhum, a CAEMA vive
hoje da sua arrecadação 100% e a conta de energia que representa 50% do que
arrecada hoje através do Estado... Então o que a CAEMA arrecada hoje é muito
pouco, se o Estado não injetar dinheiro na CAEMA, um dia ela vai ter quer
fechar as portas... a questão financeira na minha gerência eu tenho 16 mil
reais por mês para tomar conta de 19 interiores, só uma chave contactora de
poço, como a que quebraram aqui em Paraibano, custou 6 mil reais... 16 mil
reais para 19 interiores e muito
pouco... Essa é a nossa realidade financeira... Eu tenho a ajuda da prefeitura
que compra uma bomba, etc. para não deixar o sistema parar... A questão é que o
Estado não está investindo, não está entrando dinheiro na CAEMA, nossa
arrecadação é pouca, estamos tirando vários sistemas de faturamento or causa da
falta de água e quando essa arrecadação chega temos que aplicar em incidentes
como aconteceu aqui... Então assim: ‘O GOVERNO NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA A GENTE’,
nós estamos parados, de mãos atadas, e quando tiver um planejamento, vamos lá,
vamos ajuntar dinheiro para a CAEMA, vamos contratar mais gente, perfurar mais
poços, mas enquanto não tiver isso gente, nós vamos continuar nisso... Temos
poucos recursos para suprir grandes necessidades..” afirmou o gerente
regional da CAEMA de S.J. dos Patos
Em relação à hidrometração realmente
o que você falou acontece, quando não tem sistema de ventosas, que são
dispositivos que expulsam a água, jogando-a dos poços para o reservatório e
depois para a rede...
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