Quando se trata da questão ambiental, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, sempre dão um passo a frente. Enquanto isso o Maranhão continua estagnado. Ao assistir ontem(18/04) pela tv, da lei que proíbe as sacolas plásticas no comércio varejista de BH, fiquei contentíssimo. Em Minas o pessoal leva a questão ambiental a sério, essa Lei já era esperada desde quando morei nas alterosas, há 10 anos, sendo também um dos militantes dessa causa. Lembro muitíssimo bem de uma padaria de um bairro, que utilizava sacos de papel (tipos daqueles para embrulhar pães do tempo da nossa avó) com mensagens e cartuns ecológicos impressas, disseminando a conscientização ecológica.
Foi ver a notícia e a natureza cumplice do destino, me fez encontrar (também ontem) em Paraibano, a minha amiga CLaudene Campos, uma ambientalista tupiniquim, que atualmente trabalha na Secretaria Estadual de Meio Ambiente em São Luis-MA. Claudene é formada em Gestão Ambiental e uma aguerrida lutadora da questão ecológica no País. Há 2 anos em (2009) fizemos em Paraibano o 1º Seminário de Meio-Ambiente com participação da Irmã Ida Mezzono (outra ativista ambiental, com passagens pelos maiores encontros mundiais de ecologia) para conscientização ambiental em nosso habitat. O encontro aconteceu na Escola Mun. Sarney Costa na Substação, onde o corpo docente daquele estabelecimento, está planejando a 2ª Caminhada Ecológica, com alunos da própria escola e da escola Zélia Maria da Cruz (vila Aparecida) com participação da Sec. de Saúde, Sec. de Agricultura-Meio Ambiente,Sec.Educação,Sec.de Obras e Transportes. Após várias sugestões, a Caminhada ficou marcada para o dia 13 de Maio e tem por objetivo conscientizar a população para a questão ambiental, seguindo o projeto "Construindo um Mundo Melhor Para uma Vida Saudável" sob a coordenação da educadora Auricélia Alves de Oliveira e professoras da Sec. de Educação de Paraibano.Uma excelente iniciativa para a mudança de comportamento ambiental da nossa população, haja visto o Maranhão está atrasadíssimo em termos ambientais.
Charge de Lasan, publicada no JB Ecológico-Jornal do Brasil-RJ em 2003. |
Em conversa com Claudene Campos, as informações sobre o que o Estado está fazendo pela preservação do meio ambiente maranhense, ela informou que a situação é séria. Somente agora em 2011 é que está começam os primeiros passos sobre a "Legislação dos Resíduos Sólidos (lixo)" votada em 02 de abril deste ano. Se lembrarmos que o maior evento ecológico mundial realizado no Brasil, foi em 1992 (EcoRIo-92) aí se vão quase vinte anos de atraso na terra dos babaçuais. Nesse tempo o único avanço que tivemos no Estado, foi o dos madereiros e do agro-negócio da soja, que tem dizimado florestas e contaminados rios (alô Mirador) usando mãos escravas em pleno século 21. Outro problema crítico, são os lixões em 98% dos municípios maranhense. Boa parte das autoridades desses municípios ignoram que os lixões provocam "chorume" que penetram nos lençois freáticos contaminando a água que abastecem as cidades e pode provocar câncer naqueles que as consomem, haja visto o tratamento de água de boa parcela dessas cidades, não existe.
Belo Horizonte deu um excelente exemplo quando proíbe o comércio varejista de usar sacolas e sacos de lixo feitos de plástico. O plástico demora mais de 100 anos paras se desintegrar na natureza. A Lei Municipal 9.529/2008, que começou a valer ontem(18/04) em BH, pune com multa e até cassação de alvarás quem for encontrado usando embalagens plásticas.É digno de aplausos. O projeto entra em vigor em meio a protestos dos comerciantes, que não descartam recorrer à Justiça para derrubar a lei ou ao menos aumentar o prazo de adaptação.
Para o consumidor, resta a opção de levar de casa a sacola para por as compras, comprar uma embalagem retornável nas lojas ou ainda pagar R$ 0,19 por uma sacola biodegradável. A sacola de pano é a mais indicada porquê é reutilizável.
Enquanto isso no Maranhão, parece ser "chic" sair dos comércios com as mãos cheias de sacolas plásticas...Uma tristeza. Esperamos que o nosso Estado, evolua nessa questão ambiental, de forma real. Vários trabalhos nesse sentido tem surgido. Em Paraibano, o exemplo de Claudene Campos é aquele da formiguinha, que aos poucos vai construindo sua morada, para no futuro, quando estivermos mais conscientes, agradecermos à todos que lutam por um mundo melhor. Aos professores que estão desenvolvendo esse projeto sobre o Meio Ambiente nossos "PARABÉNS". A NATUREZA AGRADECE e o Planeta Terra, respira uma esperança de "VIDA".
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