Panteão de homens da estirpe de Monteiro Lobato, Graciliano Ramos, Josué Montello entre outros, (inclusive Sarney-siiic) a casa dos chás intelectuais, fez uma jogada feia, daquelas que nos gramados chamamos de "bola murcha"... Homenageou o milionário Ronaldinho Gaúcho, chamando-o de "doutor", humilhando, portanto, milhares de escritores pobres, que não conseguem dinheiro para lançarem seus livros (alô poetisa Ceuma)...Qualquer cidadão do País do Futebol e da Corrupção, sabe que jogador de futebol não é chegado à livros e o idioma português é assassinado por estes craques dos gramados... Até aí é compreensível, por uma série de fatores sociais, mas chamá-los de "doutor" na ABL, demonstra que os nossos intelectuais passaram dos limites dos portões da Academia ou estão ficando gagás. Com tantos exemplos feios na educação brasileira (alô!alô!Realengo...) vem "senhores pensantes" e fazem, um gol contra, como esse. Seria mais digno, se a ABL, pedisse um patrocínio cultural ao Ronaldinho, e não fazer esse tipo de bobagem. Com certeza muitos imortais já mortos, se removerem nos túmulos e os livros foram chutados para escanteio.(Lasan)
veja a matéria abaixo:
RIO - Ronaldinho Gaúcho é mais chegado em pandeiro do que em livro. Mas no início da tarde desta segunda-feira, o camisa 10 do Flamengo esteve na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Centro do Rio, para participar da homenagem pelos 110 anos de nascimento do escritor e torcedor rubro-negro José Lins do Rego. Tratado como 'Doutor Ronaldinho' na plaquinha que demarcava seu lugar na mesa, ele fugiu do rótulo.
- Doutor, não. Não... - brincou Ronaldinho, gargalhando, depois de o presidente da ABL, Marcos Vilaça, ter revelado o que estava escrito na placa.- Ele é doutor do futebol - completou outro convidado da solenidade.
[...]Ronaldinho e Vanderlei receberam a medalha Machado de Assis, a maior honraria da ABL. Patrícia Amorim foi agraciada com a medalha do ano comemorativo de Joaquim Nabuco.
- Fui o primeiro e único jogador a receber esta homenagem. Acho que isso aconteceu por eu estar no Flamengo na hora e no momento certos. Ronaldinho esteve atento aos discursos. Algumas vezes, gargalhava. Em outras, parecia meio sem ambiente e com cara de ponto de interrogação. O camisa 10 e Vanderlei entregaram ao presidente da ABL uma camisa do Flamengo com o número 10 e o nome de José Lins do Rego gravado nas costas. A peça ficará no Centro de Memória da Academia.
Perguntado se pode ser considerado um imortal no futebol, Ronaldinho, meio sem jeito, disse:
Perguntado se pode ser considerado um imortal no futebol, Ronaldinho, meio sem jeito, disse:
- Não.
Foi o suficiente para alguns presentes afirmarem que 'sim', e aplaudirem o jogador, que completou:
- Já passei por muitas coisas boas, pretendo continuar no mesmo nível para as pessoas lembrarem de mim daqui a alguns anos.
José Lins do Rego Cavalcanti nasceu em 1901, no Estado da Paraíba, e morreu em 1957 na cidade do Rio de Janeiro. O escritor ficou conhecido por obras como o Menino do Engenho e Fogo Morto, e foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Por volta de 1935, ele tornou-se um dos diretores do Flamengo.Cercado de quadros de escritores imortalizados por suas obras, Ronaldinho aprendeu um pouco mais sobre o que é letra no lado de fora dos gramados. Dentro de campo, o camisa 10 luta para escrever sua história e se tornar um imortal no Flamengo.
Fonte:Imirante.com
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