PARAIBANO
TEM ATUALMENTE MAIS DE 5.500 DEFICIENTES.
Paraibano recebeu No início da semana (segunda-feira
(26/08) a coordenadora da a Secretaria
de Estado dos Direitos Humanos e
Cidadania – SEDIHC, Kátia Virginia Espíndola Rodrigues que veio para
ministrar palestra no lançamento do Programa “Viver sem Limite - Plano
Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência” no município. O “Plano” tem
por objetivo promover a integração e articulação das políticas públicas
voltadas ao tema. O evento foi realizado pela Secretaria de Defesa
Social do Estado em parceria com a Prefeitura de Paraibano, por meio da
Secretaria Municipal de Assistência Social. O lançamento do “Plano”
aconteceu
das 8 às 17 horas, no plenário da Câmara de Vereadores de Paraibano e foi
aberto ao público, especialmente para pessoas com deficiências. Participaram familiares
das pessoas portadoras de deficiências,autoridades, profissionais da educação
e saúde. Uma presença que marcou o encontro foi a do secretário municipal de
defesa dos direitos das pessoas com deficiência de São João dos Patos, Sr.
Francisco Leosvan, que é também coordenador do Fórum Estadual das Entidades
de Pessoas com Deficiência e Patologia do Maranhão e responsável pela criação
da primeira secretaria municipal da entidade no Estado do Maranhão. Durante sua
palestra, Kátia Espíndola falou sobre a
situação dos deficientes, seus direitos e como o município deve elaborar
projetos para captar recursos voltados a desenvolver ações na área de
políticas públicas e direitos das pessoas portadoras de deficiências.“Para
nós, Leosvan é um orgulho, por ter
implantado a primeira secretaria dos direitos
da pessoa com deficiência no estado do Maranhão, e também a primeira Associação
dos Deficientes e de São João dos Patos na região” destacou a palestrante
Kátia Espíndola. Em entrevista a este blog Leosvan, relatou
que a sua luta começou desde a infância: “Sou de família de 12 irmãos, mas sempre
fui aceito como todos eles, nunca houve diferenciação, o preconceito veio de
fora” afirmou. Leosvan que é cadeirante. Em seu discurso o patoense, fez uma
relato de sua vida, das dificuldades nos tempos de escola, os incentivos, as
experiências profissionais e políticas, sempre encontrando um universo
de preconceitos, indiferenças, mas nunca se deixando abater e lutando
permanentemente pelos seus direitos e das pessoas com deficiências.“São exemplos que
podem ser seguidos por outros municípios da região” desejou Leosvan que ainda
lembrou-se da Lei Municipal criada para dar acessibilidades aos deficientes
em comércios: “A rampa para cadeirantes em frente aos estabelecimentos
comerciais e orgãos públicos municipais e governamentais, caixas eletrônicos mais
baixos, elevador em locais que são necessários e isso não só para deficientes
físicos, mas também para gestantes, idosos, etc. Acessibilidade para todos”
frisou o secretário dos deficientes de São João dos Patos. |
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Outro ponto
positivo observado por Leosvan são os trabalhos de informações como palestras
e encontros realizados com a sociedade de um modo geral para levar conhecimentos,
experiências e assim conscientizar a todos sobre os direitos dessa parcela da
sociedade: “Esse encontro aqui em Paraibano é um avanço, veja o número de pessoas com deficiências, suas famílias, são muitas pessoas que precisam
desses serviços que buscamos” destacou. Em Paraibano são 5.543 pessoas
portadoras de deficiências físicas: “A maioria das pessoas acha que
deficiente é só aquele que usa cadeira de rodas... Existem outras
deficiências, como surdez, mudez, visão, etc.” disse Leosvan. Entre os
direitos reinvidicados pelso deficientes está o acesso à educação, inclusão
social, atenção à saúde e acessibilidade, estimulando todas as políticas
públicas e programas que contemplem a promoção, a proteção, a defesa e a
garantia dos direitos da pessoa com deficiência. O número dos mais de 5.500
deficientes no município de Paraibano tem despertado a atenção da população
para esse público.Essa observação foi levantada por este editor durante
entrevista com Kátia Espíndola: “É um público que mesmo sendo atendido pelos
órgãos municipais, ainda não tem acessibilidade a eventos
públicos, ficam sob
os cuidados da família, à margem dos acontecimentos sociais e por isso a
maioria das pessoas não os nota, mas que existe e é preciso desmistificar
esses preconceitos para que eles (os deficientes) sejam incluídos como
cidadãos”.Kátia Espíndola revelou a este blog que sentiu na
própria pele o sofrimento dos deficientes. Durante a sua formação de
turismóloga na Faculdade São Luis sofreu síndrome de Guillain Barrè (doença neurológica de origem autoimune capaz de provocar fraqueza
muscular generalizada) que a deixou
tretaplégica e a fez perder a visão,coordenação motora, sensibilidade, isso
tudo durante sete meses, esse processo, levou-a a se aprofundar em estudos
sobre a doença e as dificuldades que essas pessoas passam, principalmente pela
falta de conhecimentos, acessibilidade e direitos. Kátia revelou ao blog que
entrou de cabeça no universo dos deficientes para conseguir que os direitos dos
mesmos fossem garantidos: “Existe um desconhecimento muito
grande e não é só
por parte das pessoas com deficiências físicas...As próprias autoridades, não
tem um bom conhecimento na área...
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Em 2014 a SEDIHC pretende promover palestras
regionais com gestores públicos, promotorias, para ampliar as discussões,
desenvolver trabalhos e avanços dessas informações” revelou. A Secretaria de
Estado dos Direitos Humanos e Cidadania-SEDIHC- em São Luis tem recebido
recurso do Governo Federal para o fortalecimento do orgão. Entre esses recursos
está a ampliação de profissionais, que contará com três interpretes de libras,
um profissional administrativo e um motorista, com objetivo de dar suporte em
ações em que uma pessoa com deficiência necessite. Kátia exemplificou o caso de
algum paciente portador de deficiência auditiva que precise de cuidados médicos
e que não seja entendido na sua linguagem corporal pelo
profissional da saúde,
nesse caso, dependendo da situação, a SEDIHC pode estar disponibilizando um
intérprete de libras, para contribuir na área da saúde e educação e até mesmo
da justiça: “O ideal é que cada município tenha um profissional capacitado em
libras” orientou Kátia durante entrevista a este editor. Como ainda não é uma
realidade nos municípios maranhense, Kátia informou que existe uma central em São
Luis onde pode ser agendado esse profissional. “Com o aumento de acidentes
automobilisticos no Brasil, da violência, cresceu o número de pessoas que ficam
com alguma sequela, então é necessário que se aumente profissionais para
atender esse público.” Destacou a coordenadora da SEDIHC. “O sofrimento dessa
pessoa com deficiêcia é muito grande, por não serem entendidas na sua linguagem
corporal, aí sofrem com a desatenção, preconceito e descaso... O mundo ainda é
egoísta, pela forma do olhar já se observa o preconceito e a falta de
atendimento adequado a essa parcela da população tem que melhorar e ter
avanços. Eles tem esses direitos. Temos que mudar essa realidade” desabafou
Kátia Espíndola ao se referir a falta de atenção da sociedade como um todo aos
deficientes no Brasil. Durante o evento em Paraibano, algumas pessoas com
deficiência presentes ao encontro se manifestaram: A estudante Adriana revelou
que sofre com a dificuldade de fixar o aprendizado na escola e por isso se
sente discrinada quando a chamam de burra. Adriana afirmou que se considera inteligente.
Outra aluna do Complexo Educacional Epitácio Pessoa (uma das mais tradicionais
escolas no município) ressaltou, que mesmo sofrendo preconceito foi considerada
uma ótima aluna e conseguiu concluir um curso técnico de auxiliar administrativo
em curso do governo. Kátia Espíndola, elogiou as alunas e informou que o
governo federal disponibiliza cursos profissionalizantes, democraticamente e
exemplificou o PRONATEC. Kátia incentivou para que essas pessoas busquem espaços
em empresas para trabalhar profissionalmente.
O Plano Nacional dos Direitos
da Pessoa com Deficiência por meio do Plano Viver Sem Limites, veio a Paraibano
a convite da Prefeitura Municipal e Secretaria Municipal da Assistência Social.
Estiveram presentes ao evento a vice-prefeita Rejany Sá Gomes Correia
(representando a prefeita Aparecida Furtado (PV) que por questão de agenda administrativa
não pode comparecer), o promotor de Paraibano Dr. José Emanuel da Silva e Sousa
representou o juiz da comarca Dr. Carlos Eduardo de Arruda
Mont"Alverne, a secretária municipal de assistência social Edivânia Coêlho
Madeira, secretária municipal de saúde Lucimar Sá da Silva, secretária
municipal de Obras Transportes e Serviços Urbano Sâmia Albuquerque, a vereadora
e presidente da Câmara Ana Célia, vereadora Socorro Lucena, vereador
Cazuquinha, o presidente do Conselho Municipal da Assistência Social Gilclean
Gomes Vieira, profissionais do CRAS, da educação, saúde, etc. Também foram
prestigiar o lançamento do Projeto.
Fotos e
Matéria: Léo Lasan
2 comentários:
Leo,
Sua reportagem sobre deficientes físicos me causou grande surpresa.
A cidade de Paraibano tem, aprosimadamente, 20.000 habitantes. Considerando que na Cidade tem, aproximadamente, 5.500 deficientes, é uma surpresa verificar que 28% da população é de deficientes.
Um abraço,
Ubirajara.
OBRIGADO UBIRAJARA, PUBLICAÇÃO NÃO OBSERVEI ESSES DADOS, VOU CONFIRMAR COM A SECREÁRIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL.
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