sábado, 1 de fevereiro de 2014

600 manifestantes levam flores a mãe de vítima da violência

Brasília-DF - Marcha segue em direção à residência oficial do governador Agnelo Queiroz600 manifestantes levam flores a mãe de vítima da violência 

Diante de um quadro de violência urbana que vem assustando moradores do Distrito Federal, um grupo de manifestantes decidiu fazer um protesto em frente a residência oficial do governador Agnelo Queiroz. O protesto, marcado por uma rede social e com mais de 3 mil confirmações até o início da manhã, teve início em frente ao prédio onde vivia Leonardo Almeida, 29 anos, morto a tiros na última quinta-feira quando chegava em casa, no bairro de Águas Claras. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 600 manifestantes participaram do ato, que seguiu depois em marcha até a casa do governador.
Apenas no primeiro mês de 2014, o número de mortes violentas chegou a 73, sendo 68 homicídios e cinco latrocínios. A média é de 2,4 casos por dia. Os ataques contra a vida superam em 37,7% a quantidade registrada no mesmo período de 2013. Parte do aumento da violência é atribuída por Agnelo a uma Operação Tartaruga que estaria em curso pela Polícia Militar do DF. Ontem, ele realizou duas reuniões com a cúpula da segurança pública do DF e saiu delas com a promessa de que a Operação Tartaruga dos policiais e bombeiros militares chegou ao fim.
O compromisso firmado pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anderson Carlos de Castro Moura, é de que os militares, inclusive coronéis e comandantes, trabalharão todos os dias até que a corporação restaure a ordem nas ruas do DF. Segundo ele, todos os policiais que participaram da Operação Tartaruga, instaurada há dois meses, passarão por um procedimento disciplinar, podendo ser punidos com advertências e até mesmo demissão do cargo em que ocupam. Até o momento, foram identificados cinco policias, entre oficiais e praças.
600 manifestantes levam flores a mãe de vítima da violência
O coronel da PM Roberto Miguel Bulart, acompanhando a manifestação, negou que haja a paralisação: "Não há Operação Tartaruga, são alguns policiais pseudo-representantes da corporação falando ou tentando falar em nome da corporação, a qual não representa. Mais de 90% da corporação está na rua trabalhando e nós, do alto comando da Polícia Militar, estamos aqui para motivar todos os poiliciais a trabalhar". Segundo ele, as reivindicações, "as nossas demandas represadas, em outro momento devem ser colocadas à mesa de negociação".
O caso de Leonardo foi um dos com maior repercussão no cenário recente de violência. Os manifestantes decidiram passar em frente ao prédio do jovem, a 20 quilômetros do Plano Piloto (área central de Brasília) para oferecer rosas a sua mãe, Ana Cleide, antes de seguirem rumo à residência oficial do governador, localizada no mesmo bairro.
"Eu não quero que jovens que planejam o futuro terminem dessa forma que meu filho terminou. Meu filho tinha sede de viver. Ele se alegrava com um dia de sol, se alegrava com o trabalho, se alegrava com os amigos... Então eu não quero que essas vidas sejam cada vez mais jogadas no asfalto, como meu filho foi", desabafou a mãe do rapaz.

PARAIBANO - MA.

Em Paraibano a morte de Francivaldo Anastácio Santana completa uma semana e até o momento o caso ainda não foi solucionado pelas "Autoridades competentes". A visita de sétimo dia aconteceu nesta sexta-feira 31 de janeiro no cemitério local em Paraibano. Em São Paulo, onde Francivaldo vivia há mais de 20 anos, dezenas de amigos e conterrâneos, que moram no Jardim Irene, Jardim das Rosas e bairros próximos, reuniram-se nesta sexta-feira e celebraram uma missa em ação de graças ao paraibanense. Francivaldo foi um dos primeiros maranhenses moradores daquele bairro e ajudou a muitos conterrâneos maranhenses a vencer naquela cidade. A família tem recebido cumprimentos de  amigos de todo o Brasil, principalmente de São Paulo, onde "Vavau" como era conhecido, tinha muitas amizades e era muito  querido. Vavau era também amigo do ex-jogador de futebol e pentacampeão mundial pela seleção brasileira, o capitão Cafú, onde jogavam no campo do bairro, promovendo a solidariedade às crianças, colaborando nas ações da Fundação Cafú. A todos que celebraram a missa a família agradece pelo carinho e lembrança.

Nenhum comentário: