Orlanda Coêlho, Eduardo Veiga e Aline Alice Sec. de As. Social |
A equipe é formada por orientadores, técnicos do CRAS e facilitadores todos empenhados à inserir os jovens no mundo do trabalho. A Secretária de Assistência Social, Aline Alice esteve presente na abertura do Projeto. A coordenadora do CRAS, Orlanda Coelho, e o coordenador do PROJOVEM Eduardo Veiga, recepcionaram a secretária municipal de assistência social de São João dos Patos, Aline Alice, que deu boas vindas aos projovianos, pedindo a todos compromisso.Segundo o coordenador Eduardo da Veiga, cerca de 200 jovens estão inscritos e divididos em três turnos. REALIDADE
Fui facilitador do PROJOVEM em 2008, o projeto existe no Brasil desde então e tem causado muita polêmica em relação ao seu desempenho e objetivos alcançados. Há notícias que alguns gestores municipais tem desistido do programa, devido as exigências e fiscalização do Ministério do Desenvolvimento Social. Para uma orientadora de um município da região tocantina, a desistência de alguns gestores se deve, ao fato da dificuldade para desviar recursos destinado ao programa. O PROJOVEM, também tem dificuldades nos pequenos municípios de encontrar orientadores com formação nas áreas requisitadas pelo programa. Uma dos maiores problemas são contratar profissionais com nível superior na aárea de arte, como música, teatro e artes plásticas. Quando se encontra esses profissionais o salário oferecido não condiz com a carga horária e a valorização desse profissional. Digo isso por experiência própria. Fui um dos primeiros colaboradores do Projovem em Paraibano antes mesmo da sua implantação em agosto de 2008 e em parceria com a psicóloga Edvânia Madeira (hoje secretária mun. de assistência social em Paraibano) foi super-difícil encontrar profissionais formados para as oficinas. A saída foi contratar profissionais com experiência na área. Outro problema do PROJOVEM é a questão política local. Muitos profissionais não são contratrados por questão política. Em Paraibano, na gestão anterior o PROJOVEM chegou a fechar as portas após o período eleitoral, após denúncia nos blogs local, uma fiscalização do Estado veio e orientou a administração a voltar com o programa, o que aconteceu em novembro a dezembro do ano passado. A falta de uma boa orientação e carisma de alguns profissionais, é outro problema. Os jovens inseridos nesse programa, são oriundos das classes mais carentes ou em situação de risco ou vulnerabilidade, e o acolhimento dessa faixa etária é vital. No decorrer do ano, os projetos que são desenvolvidos dentro do PROJOVEM tem que ter a "cara" do jovem ou então a desistência e "evasão" pode inviabilizar o programa. Todo o material informativo do programa é bem elaborado, mas na realidade, pouqissimos orientadores e capacitadores seguem o manual, até mesmo por que as pecualiaridades são enormes em um País gigantesco. Em nossa região, os jovens se interessam pelo que está na mídia, e as oficinas mais procuradas por eles são música, teatro e esporte, informática na maioria das vezes preenchem as vagas logo na abertura, por orientação dos próprios pais que vislumbram um futuro "emprego" para o jovem. O que mais se observa, além da alegria dos jovens, nos encontros são a sua capacidade de interação e vontade de aprender. É por isso que os gestores devem pensar bem na hora de indicar os profissionais para esse programa, que se for bem aplicado, resulta em uma juventude mais preparada para cultura e cidadania.
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