Em 2011, a comissão especial aprovou o Projeto de Lei 7495/06, na
forma do substitutivo do relator, deputado Domingos Dutra (SDD/MA), que
estabelece que a remuneração das categorias – para uma carga de trabalho
semanal de 40 horas –, será de dois salários mínimos mensais, escalonados
em três anos, até 2015. O substitutivo da comissão especial criada para
analisar o projeto do piso salarial nacional dos agentes de saúde prevê
reajustes anuais de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)
e aumento real durante três anos com base na variação do Produto Interno Bruto
(PIB). Mas o PL foi recusado pela presidente Dilma Rousseff. Apesar da discussão profunda do projeto, o
Governo Federal se recusa a aceitar o piso de dois salários mínimos. Diante da
resistência do governo, os Agentes Comunitários de Saúde e de Embate às
Endemias recuaram aceitando o piso salarial nacional de R$ 950, já repassado
hoje mediante portaria. Atualmente o
piso estabelecido por portaria do Ministério da Saúde, através do Programa
Saúde da Família (PSF), é de R$ 950, porém, o repasse dos recursos não tem
segurança jurídica. Por falta de regulamentação parte dos recursos é
retirada pelos municípios para
pagamento de encargos. Os próprios agentes
comunitários denunciam que há alguns casos em que eles recebem menos de um
salário mínimo. O
governo propôs que os custos com a implantação do piso seja dividido entre a
União, os estados e os municípios, mas os estados e municípios não concordaram
com a proposta. Os deputados que defendem a votação do piso propuseram reduzir
o valor para R$ 850, mas ainda não há acordo para esta proposta. O Deputado
Domingos Dutra ficou extremamente desapontado com adiamento da votação do piso
salarial dos agentes. “Lamento profundamente que mais uma vez a Câmara Federal
atendendo aos interesses do governo não tenha votado o piso dos agentes. O
mesmo governo que implantou o ‘Mais Médicos’ em nome da saúde pública agora
prejudica os agentes que cuidam da saúde preventiva da população, gerando
graves prejuízos para a saúde básica de pessoas pobres”, declarou o deputado.
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