É natural que após as eleições municipais, os gestores viajem e descansem do trabalho que tiveram nas campanhas políticas, principalmente em conquistar eleitores, ficarem roucos em palanques, cansados em arrastões, caminhadas, reuniões, etc. Geralmente o pós eleição, a administração municipal é entregue a secretários municipais de confiança. E é aí que as coisas as vezes desandam. Para recuperar os gastos financeiros da campanha politica, algumas prefeituras deixam de prestar muitos serviços públicos, que ficam praticamente parados. E a desculpa que o prefeito está viajando, ou o secretário tal não se encontra. E as coisas vão se arrastando e os serviços públicos sem efetividades. Evidentemente, que isso não acontece em todos os municípios. Mas em muitas cidades, é notável a falta de limpeza pública, e atendimento em diversos setores públicos, essenciais para a população.
O resultado disso tudo é a reivindicação dos moradores.
Buraco sob ponte em Colinas |
Trator da Prefeitura de Paraibano, tapando buraco na Vila Guilhermino Brito Foto:Lasan |
eleição, é o tempo. Apenas dois meses e meio, para continuar a administração de forma normal. Se no muncípio, o candidato foi o prefeito ou indicado pelo gestor, e ambos perderam, aí começa uma corrida contra os dias. Essa corrida muitas vezes atropela as políticas públicas e o município pode cair e só ser reerguido na próxima gestão, que precisará de mais outro tempo para recuperação. O tempo, é sempre, o senhor da razão (como diria o ex-presidente Collor ) e cantado pelo baiano Caetano: "Tempo, tempo, tempo". No meio desse calendário político, estar o sujeito servidor/eleitor, que devido a uma opção, o voto, é quem muitas vezes paga a bateria do relógio político e passa as horas a refletir sobre democracia, e se pergunta, se ela existe ou não. O cidadão que se alegrou com a política durante três meses antes, tem dois meses e meio depois, para "desalegrar" ( se é que existe essa palavra) indiferente a quem ganha. Isso por que, como foi falado, a máquina pública começa a emperrar e o cidadão a empurrar com a barriga. Na região do médio sertão maranhense, os moradores de diversas cidades tem reclamado da falta de gestão pública adequada, em saúde, educação, segurança, limpeza pública, etc. Parece normal, mas não é. O certo seria que não houvesse reclamações por um serviço que deve ser prestado ao cidadão. Afinal as verbas continuam sendo repassadas normalmente.
O resultado das urnas no Brasil teve um recado importantíssimo para políticos que se utilizavam de velhas práticas parlamentares. No Maranhão, o exemplo foi mais visível ainda. O clã sarneysista, teve uma derrota na ilha ludovicense. E o "castelo" caiu. Em diversas partes do Brasil partidos políticos, vão ter que rever sua postura política e se reciclar para um País mais justo. O exemplo maior veio das pessoas que estão se engajando em projetos do bem comum. Como Ongs e serviços voluntários. O brasileiro, quer ajudar o próximo, papel que deveria ser feito pela maioria dos políticos. O brasileiro é solidário, alegre e não gosta de corrupção. Nas principais capitais, partidos até então majoritários, perderam, para uma nova geração de políticos mas próxima da realidade brasileira. Parafreseando o Maranhão:"Os CASTELOS de areia estão caindo e os sarneysista que saiam do Muro-ad"". Não vai demorar a chegar na nossa região. O político que não tiver visão de participação popular vai se perder entre os populares.
É uma questão de "tempo". Um exemplo de visão popular, é o prefeito de São João dos Patos, que após dois mandatos voltados para os mais carentes, deflagrou a vitória do seu candidato Dr. Waldênio. Outros prefeitos fizeram isso, mas com muita dificuldade e muito, mas muito dinheiro. Não que para Zé Mário tenha sido fácil, não foi, mas a emoção nos olhares dos patoenses a cada evento da coligação, era visível, pelo belo trabalho que o prefeito fez no município. Zé Mário, não descançou, pós eleição. Continuou trabalhando e duas semanas após a vitória do candidato Dr. Waldênio, Zé Mário, entregou à população novos calçamentos de ruas e o inaugurou a sede própria do campi do IFMA -Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, com a presença do reitor Francisco Roberto Brandão Ferreira e diversas autoridades como professores, diretores, gestores das cidades de Barra do Corda, São Luis, Imperatriz, Bacabal. Enquanto em outras cidades, muitos prefeito(a)s estão realizando "obras" para deixar para o próximo gestor público. No ditado popular, as "obras" que serão deixadas são conhecidas como "buracos". Para não cair nos próprios "buracos", os prefeito (a)s devem lembrar da Lei de Responsabilidade Fiscal e também no futuro político, afinal, cada mandato só dura quatro anos e aí os eleitores fazem novas avaliações e decidem. Como diria Caetano:"Tempo, tempo, tempo". E só para lembrar aos prefeito(a)s, leiam a estória do escritor Lewis Carroll: Alice no País das Maravilhas, para que os senhores não façam o mesmo que fez o coêlhinho da fábula, que foi traído pela sua própria pressa.: "“É tarde… é tarde… tenho pressa… pressa… pressa…[....] Mas eu tenho que cuidar desse buraco de rato até Dinah voltar, e ver se o rato não foge". -Dizia o coêlho correndo de um lado para o outro com um relógio na mão, a ponto de tropeçar nele mesmo...
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