Dante Alighieri |
Já o povo simples das nossas regiões do Brasil falava e fala ainda da política, antes e depois, como um mal: "Estar político" com alguém, é estar brigado com ele. O professor Roberto Silva de Oliveira do Departamento de História da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em suas pesquisas para TCC-Trabalho de Conclusão de Curso- diz que: "A representação de uma realidade está condicionada as estruturas de um mundo daquele que a produziu. Por consequência, ela é também produto de uma leitura, de uma necessidade individual de conhecimento [...] ...Onde toda "verdade", todo discurso pressupõe uma correlação de forças articuladas em função da edificação do poder". Infelizmente, como filosofava o escritor italiano Humberto Eco:- "Nem todas as verdades, são para todos os ouvidos", numa clara referência, talvez à ignorância do povo menos culto, explorado pelo maquiavélismo de poderosos arrogantes. A introdução do texto acima, quer sucumbir ao "Inferno", polisensa que tem sido discutida na última semana (21/02/2012) em Paraibano, na véspera da Quarta-feira de cinzas, por uma autoridade local, palavra essa, usada como marketing político por raposas políticas e anarquisada pelos espectadores da arena do pão e circo tupiniquim. Antes de entrar no mérito do "Inferno Político" local, é bom explicar aos desiformados do "métier político", que há quase 800 anos atrás, portanto quase oito séculos, essa questão de "Inferno e Política", já fora relatado pelo escritor e poeta florentino Dante Alighieri, na sua obra Divina Comédia. A Divina Comédia foi escrita entre 1306 e 1321 e é composta de três partes: O Inferno, O Purgatório e o Paraíso. Nela o poeta narra sua passagem por esses três locais descrevendo as situações vividas, as penas e as pessoas que neles se encontram. Só para trazer a luz dos nossos tempos, no "Inferno", Dante (que também fora político) começa a "despertar' de um sono que o tolhia e entra em uma selva escura (Inferno). Nesse mundo de sombras selvagens, símbolo da desordem política, as ameaças reais se lhe afiguram enigmátcas e se cofiguram em obstáculos que precisam ser vencidos. São três os perigos: Uma Onça, um LEÃO e uma LOBA. Cada animal com um significado: A Onça significa (incontinência), o leão (violência) e a loba (fraude) e refletem níveis de gravidade de acordo com os conhecimentos do homem (quanto mais se sabe, mais grave é o pecado). A obra Divina Comédia tem ainda várias significações alegóricas e em seus círculos fala da justiça no inferno, que é onde as almas pagam os seus pecados, tem o vestíbulo do inferno, que é onde ficam os indecisos, covardes e que passaram a vida em "cima do muro", e de círculo em cículo Dante vai fazendo um relato de sua passagem do inferno, purgatório até chegar ao paraíso.No oitavo círculo, existem vários fossos e é onde ficam os fraudulentos, os aduladores, os corruptos, os hipócritas, os ladrões, os maus conselheiros, semeadores de discórdias, etc. São muitas passagens alegóricas, mas que não é mera coincidência com a política na realidade. Para você entender um pouco desse mundo que é a política, deve pesquisar sobre essa obra e observar se isso realmente coincide com nossos dias atuais.E aí entenderá que as vezes a verdade quando dita icomoda. O que é preciso é só trocar a fantasia eleitoreira pela política verdadeira e ter a coragem do pacifista indiano Mahatma Ghandi: "Senhor ajude-me a dizer a verdade diante dos fortes e não dizer mentiras para ganhar aplausos". E claro, não confundir palavras com querelas políticas. Texto: Leo Lasan
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