Barracas de materiais inflamáveis colocam em risco a vida de pessoas |
O visitante que chega à cidade de
São João dos Patos admira a Av. Presidente Médici com suas pistas largas,
canteiros bem cuidados, praças limpas e um comércio movimentado, ao dobrar o
sinal (semáfora) rumo a Praça Parque da Bandeira ainda observa quiosques nas
calçadas que divide as ruas rumo ao Asa Delta, “point” dos patoenses. Se o turista quiser levar uma lembrancinha deve visitar o centro de artesanato ao lado do
mercado público... e é aí que toda a
beleza da cidade se esvai... Ao lado do centro de artesanato está o mercado público municipal, a vergonha dos
patoenses. Um amontoado de barracas e comerciantes que vendem alimentos, carnes,
roupas, calçados, verduras, frutas, peixes, refeições e até carvão... Isso
mesmo carvão. O local poderia ser um ponto turístico, se as autoridades quisessem, mas o turista ou visitante que não tiver o estômago forte deve
evitar o local. Além da falta de higiene e
bagunça, ali existe o risco de incêndio iminente... O que é alarmante para
muitas pessoas, ao que parece não é para as autoridades do município. Há anos
essa situação existe. Ao lado de barracas onde são feitas e servido comidas
existe depósito de carvão sem nenhuma proteção... Os sacos de carvão são
colocados em uma barraca feita de ripas e coberta com plástico e papelão e ligada a outras barracas onde existe fogão e botijão a gás. A maioria das barracas de
feirantes é coberta de plástico ou papelão e cercada de tábuas ou ripas...
Tecidos de feirantes que vendem roupas e calçados também fazem parte do caótico
cenário aumentando o perigo. Animais domésticos rondam o local e isopores
para transporte de carnes são deixados a céu aberto, insetos circulam a todo o
momento, é um verdadeiro festival de proliferação de transmissores de doenças
infecciosas. Os Boxes que vendem carnes dentro do mercado deve ser a dor de
cabeça da Vigilância Sanitária do Município, se é que ela fiscaliza o local ou
deve ter muito trabalho para ignorar a situação. Os fundos do prédio do centro de
artesanato do município que fica ligado ao local, sob as suas escadas existem
colchões velhos onde mendigos dormem e fazem suas necessidades, próximo a
fogareiros e muita sujeira, contrastando com a ostentações de alguns patoenses
que passam ao largo em seus belos carrões rumo a Caixa Econômica que fica em uma
rua praticamente ao lado.
Barraca de carvão no meio da feia e próxima de cozinhas Ft:Lasan |
A reportagem do blog após
registrar essa situação das barracas fez algumas perguntas as pessoas que
passavam nas proximidades. O senhor Gilberto F. Matos de uma cidade vizinha
disse que é uma vergonha para São João dos Patos, segundo o senhor Gilberto, cidade
que se intitula como a melhor cidade do médio sertão maranhense. Dona Maria
Raimunda, moradora de São João dos Patos revelou que até hoje nenhum prefeito
resolveu a questão da favelinha, como designou o local: “Entra prefeito e sai
prefeito e ficam dizendo que fizeram isso, que são João dos Patos fez aquilo,
mas a “favelinha do mercado, ninguém nunca resolveu, é uma vergonha” disse a
senhora indignada.
O local onde é realizada a feira é
um quebra-cabeça da mitologia do minotauro, se você entra se perde e não existe espaço para
mais de duas pessoas circularem no mesmo trecho, é muito apertado, se por
ventura acontecer uma confusão ou incêndio a previsão de acidentes e mortes é incalculável.
As barracas que combinam gás, carvão e material como madeira, papelão e
plásticos, etc. é uma verdadeira bomba-relógio.
Perguntado a um feirante sobre
esse risco, o mesmo que não quis se identificar disse que trabalha apreensivo e
teme com o que possa acontecer a qualquer momento: “As autoridades já tem
conhecimento desse risco, mas nunca fizeram nada de verdade, é só promessa”.
Um estudante que estava sentado
em um banco na praça em frente ao mercado municipal levou a situação na base da
ironia e criticou o atual prefeito de São João dos Patos, Waldênio Sousa,
dizendo que o mesmo torra dinheiro em confecção de camisetas para divulgar a
sua administração nas páginas do Facebook, e que inclusive já está sendo
chamado pela galera da web de “Prefeito Camiseta”: “Se o prefeito gastar metade
do dinheiro das camisetas de propaganda em algumas barracas já melhora muito”
exagerou entre risadas o estudante. Reportagem e Fotos:Léo LasanMendigos e sujeiras no Centro de Artesanato |
Um comentário:
Bom dia
Gostariamos de saber o que o Prefeito tem a falar sobre a situação da "FAVELINHA" no centro da cidade.
Postar um comentário