Foi realizada neste domingo (3) de junho, às 8 horas, no Salão Paroquial Irmâ Gema Rover, centro de Paraibano, Reunião Técnica, que abordou assuntos relacionados com o desenvolvimento agrícola com destaque para o cultivo da Cana de Açúcar e fabricação de álcool. A reunião foi idealizada pelo pré-candidato a prefeito de Paraibano Olivan Coelho (PMN) que convidou para palestrante o agrônomo lavorista do estado Tocantins, Valciderlan Sousa. Ainda como convidados para a reunião veio Gil Lopes, assessor do deputado estadual Magno Bacelar (PV) e técnicos da cidade de Barra do Corda-MA. Estiveram presentes na reunião o prefeito de Paraibano, Sebastião Pitó, o secretário municipal de agricultura e meio ambiente, sr. Júlio César Guimarães, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Paraibano, sr. Nonato Santos, o presidente da Associação dos Moradores do Santo Estevão, sr, Vítor Noleto, o
empresário do ramo de abóboras, sr. Raimundo Marão e a micro-empresária do setor de cana de açúcar, sra. Antonia Maria de Sousa Castro, que compôs a mesa de abertura do evento. O jornalista Léo Lasan foi o mediador do encontro, que teve a participação de mais de 60 agricultores, produtores , donos de engenhos do município. Olivan Coelho abriu a reunião agradecendo a todos e falando da sua vida de lavrador dentro do ramo da cana de açúcar. Atualmente Olivan é proprietário de um pequeno engenho que produz cachaça, no bairro Marajá. Foi essa produção ainda de forma rudimentar, que fez com que Olivan trouxesse para Paraibano, o projeto de implantar uma indústria que desenvolvesse de forma profissional um dos maiores produtos da região, a cachaça. Para isso trouxe do estado do Tocantins, o agrônomo Valciderlan Sousa, que proferiu palestra sobre o assunto. O secretário de agricultura Júlio César, disse que o setor agrícola do município necessita dessas palestras e que a secretaria apóia toda iniciativa no sentido de ajudar a nossa economia. Júlio lembrou que em Paraibano já houve indústrias de babaçu, arroz, algodão, mas que infelizmente acabaram e que o município precisa de novas fábricas e indústrias para gerar empregos e rendas, e que a iniciativa de se instalar uma fábrica de cana de açúcar é muito bem vinda. A senhora Antonia Maria (56) filha do senhor Antonio Barro (já falecido), um dos primeiros donos de engenho da região, deu um depoimento que comoveu o público.
Ela disse que entrou no ramo de engenhos e produção de derivados da cana de
açúcar desde os 9 anos, quando o pai a acordava as 4 horas da manhã para ela ver a “primeira corrida e queda da cachaça”, queda da cachaça é como é conhecida a primeira destilagem do produto. A história de Dona Maria revela o que mantém esses agricultores em um serviço duro e sem lucro. Segundo ela, só estão no ramo por que é por amor a profissão. Dona Maria é uma das poucas mulheres que trabalham em engenhos na região. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Paraibano, sr. Nonato Santos, disse que a implantação de uma indústria nesse setor de cana de açúcar, vem melhorar o comércio e desenvolver o município, e que fica orgulhoso que entre tantos municípios interessados em indústria, Paraibano tenha sido escolhido. Nonato falou que se isso acontecer, Paraibano em vez de ser a capital da abóbora, será a capital da cana de açúcar. O assessor do deputado Magno Bacelar, o sr. Gil Lopes, veio representanto o parlamentar. Gil disse que com a implantação da indústria, o desenvolvimento não atingirá apenas o município de Paraibano, mas toda a região, melhorando a vida de todos e principalmente do setor da agricultura. Gil Lopes exemplificou a cidade de Coelho Neto no Maranhão, onde existe uma indústria, onde a prefeitura não paga mais o abastecimento da frota de veículos em postos de combustíveis, pois o ICMS, é descontado com o produto da fábrica de álcool. Informou que o deputado Magno Bacelar deu total apoio a Olivan Coelho para que implante a indústria
em Paraibano. Gil Lopes falou da importância da parceria do poder público para incentivar o desenvolvimento do projeto. O prefeito Sebastião Pitó, disse que como gestor e principalmente como homem do campo, fica feliz que idéias como a de Olivan sejam discutidas com o povo de Paraibano. “É uma iniciativa muito importante, e necessitamos de ajudas como essa, Parabéns Olivan, no que depender de mim como gestor, você tem total apoio.” Disse o prefeito. Pitó, revelou que uma das maiores preocupações dele como gestor, é a questão do ICMS. “Não temos grandes indústrias no nosso município, e a arrecadação que temos é apenas do IPTU e como sabemos, existe uma dificuldade, pois os ricos não pagam IPTU” desabafou. “Vejam vocês, temos aqui no Maranhão municípios menores que Paraibano, mas devido a instalação de grandes empresas recebem incentivos maiores”... “Por isso na qualidade de gestor, digo, que vamos lutar para conseguir implantar essa indústria de cana de açúcar” afirmou Pitó.O prefeito disse que está em contato com o secretário estadual de agricultura Cláudio Azevedo, com o objetivo de promover um encontro com os agricultores do município, afim de discutir a situação do setor com o objetivo de trazer técnicos do SEBRAE, para capacitação desses agricultores. “Minha vontade é ajudar ainda mais o homem do campo, estamos fazendo isso, já foram beneficiadas mais de 2 mil famílias através do PRONAF B, a prefeitura conseguiu duas patrulhas mecanizadas, tratores, sementes, etc. tudo para melhorar a vida dessas famílias...E agora com essa indústria, faremos tudo para conseguir, temos que estarmos juntos, para o benefício de Paraibano” finalizou o prefeito Pito. O técnico agrícola Valciderlan Sousa, palestrante da reunião, lembrou da fala do secretário de agricultura de Paraibano, Júlio César, e complementou dizendo, que se as indústrias em Paraibano acabaram, deve ter sido por causa da evolução industrial que não foi acompanhada pelos gerentes dessas empresas e que a indústria da cana de açúcar, desde o princípio da história do Brasil, tem sido uma das principais economias do País. “A cana de açúcar sempre foi e será desde o início da história do Brasil, uma riqueza” e atualmente com a modernização do setor, a produção tem aumentado e gerado lucros. “Em Paraibano, temos muitos engenhos, que mesmo de forma antiga, produzem 48 toneladas de cachaça por hectare. No Tocantins com o mesmo clima diferente e solos piores que os daqui, se produz 98 toneladas por hectare. Isso é tecnologia. Hoje se aproveita tudo da cana de açúcar. O bagaço que aqui é jogado fora, em outros estados se produz ração para o gado e também para gerar energia e assim evitar o desmatamento, essa energia vai gerar o crédito de carbono, que é comprado por outras empresas e países. São muitas alternativas.E temos esse potencial
em Paraibano. Basta a união e a colaboração de sindicatos, associações e principalmente o poder público.Uma indústria dessa gera empregos, renda e bons profissionais. A solução dos empregos está na agricultura. Mas para tudo isso precisamos industrializar o nosso produto. A cachaça de Paraibano, precisa ter um padrão, para vencer mercados consumidores.” Disse Valciderlan. O agrônomo fez uma explanação, tirando dúvidas e orientando os donos de engenhos de como se organizar para criar um projeto de uma Associação, e posteriormente uma cooperativa dos produtores de cana de açúcar do município. “Tem muita gente que não acredita nas idéias. Mas todo sucesso começa por uma idéia. O difícil é só começar. E para o sucesso de Paraibano no setor da cana de açúcar, a idéia já começou.” Finalizou Valciderlan Sousa. O responsável pelo encontro, Olivan Coelho, encerrou a reunião, lembrando que a união é necessária e que esse primeiro passo se transforme em uma caminhada de sucesso.
Texto e Fotos: Léo Lasan
Este é o muro da Unidade de Ensino Mariano da Silva Neto, em Marcolândia/PI - Brasil.
De acordo com a pesquisa, dos 937 municípios citados, 827 
